terça-feira, 6 de maio de 2014

Dia de vacina

Antes de escrever meu relato e minha ideias sobre o tema, quero esclarecer que cada vivência é única, seu filho pode não ter qualquer tipo de reação às vacinas e você pode não ter qualquer medo deste dia. Vou abrir uma discussão sobre os meus pontos de vista em relação a isso, mas esclareço que vacinei meu filho e vacinarei todas as vezes que forem necessárias para evitar qualquer tipo de doença "evitável".


Vocês mães, não odeiam esse dia?

Eu ODEIO!!

                          Imagem retirada do site google em busca intitulada como "vacina".

O momento em que levei meu filho, que estava completamente saudável, ao posto de saúde e saí de lá com ele dolorido e com febre foi um dos piores momentos que a maternidade me impôs até agora. Eu particularmente, assumo como minha a responsabilidade em fazê-lo sofrer naquele determinado momento afinal, fui eu que o levei até lá.

Agora vamos deixar claro, aqui no Brasil, ninguém pode não vacinar seu filho (ainda mais se for pobre), a vacinação considerada básica é "obrigatória" pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Mãe afirma que não vacina seus filhos e tem que mentir pra não ser processada
(Reportagem site IG)

Qualquer lugar que você frequente e que necessite de documentação da criança, exigirá a carteira de vacinação "atualizada", ou seja, que todas as vacinas estejam em dia. Se houver atrasos será necessário ir até o posto de saúde de sua região para que seu filho tome as vacinas acumuladas (já tive alunos que tomaram até 4-5 injeções no mesmo dia, então é melhor vacinar na data certa).
Em outros países como Estados Unidos, Portugal e Austrália a vacinação não é obrigatória, é altamente recomendada, mas quem opta são os pais.

Confesso, não gosto de ser obrigada a nada, só de pensar me causa arrepios. Prezo minha liberdade e consequentemente a do meu filho.

Mas algumas das minhas dúvidas são, será realmente necessário que as vacinas cumpram o calendário posto para nós?! Por que este intervalo? Por que meu bebê quando tiver 2, 4 e 6 meses tem que tomar de uma vez 4 injeções? Se sabem que normalmente esta vacina é a mais dolorida e a que causa mais reações, por que expor um bebê tão pequeno a esta situação? Onde encontro pesquisas que comprovam a necessidade desse intervalo que o calendário apresenta atualmente? Por que algumas não podem ser deixadas pra depois do 1º ano?

Pesquisei sobre o assunto e o único site que encontrei que fala sobre isso é Hospital Israelita Albert Einstein, e o único argumento que considerei plausível para responder a estas inquietações foi "o melhor esquema para a obtenção de resposta imune adequada". 
De que pesquisas tiraram esta constatação? Se alguém souber me indique leitura, por favor!

Se realmente é necessário aplicar as vacinas eu não sei, não sou da área da saúde, nem uma grande pesquisadora do tema. Como sou ignorante nisso, pesquisei e selecionei  pra vocês alguns artigos que expõem algumas das diferentes argumentações sobre o tema. Espero que apreciem e se questionem,

Argumentos não favoráveis a vacinação:

Site Temas Atuais na Promoção de Saúde (TAPS)
 
Site Slingando 

Vacina Veritas



Argumentos favoráveis a vacinação:

Site Veja

Blog Vacinação, sim ou não?

Site Drauzio Varella  (particularmente não gosto muito dele, fala mais sobre senso comum do que sobre estatísticas, mas faz parte do cenário brasileiro, então vamos dar espaço pra ele também!)


Enquanto reflito sobre tudo isso, a vida continua porque hoje é dia de vacinação dos 4 meses, boa sorte para mim e para o Gustavo! :/

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Amamentação após mamoplastia

Resolvi escrever sobre o tema "amamentação após a mamoplastia" porque muitas meninas questionam sobre a minha experiência.




Eu fiz uma cirurgia de redução de mamas quando tinha 18 anos. Não era uma necessidade física naquele momento, mas eu me sentia muito triste, inibida e tinha uma péssima autoestima. Essa cirurgia foi um dos grandes marcos da minha vida porque mudou a minha relação com o meu corpo. Eu sabia das consequências da cirurgia e tinha a consciência que talvez não pudesse amamentar. Sabia também que a minha sensibilidade nos seios provavelmente diminuiria. Mesmo assim, por amor a mim mesma, fiz a cirurgia e confesso: não me arrependo por nenhum segundo.

No entanto, sempre vivia com a dúvida: poderia amamentar?

Quando engravidei, aos 28 anos de idade, essa dúvida virou algo concreto e, para ser mais precisa, tornou-se um sentimento muito forte: a ansiedade. Afinal, eu sabia da importância do meu leite para o bebê e sabia das reais contribuições da amamentação para a criação do vínculo materno. Assim, queria amamentar por mim e pelo meu bebê...

Para assumir o controle da situação, iniciei uma gigantesca pesquisa na internet sobre o assunto. Descobri que eu não teria como saber se poderia ou não amamentar o meu filho antes de ele nascer. Os relatos que eu encontrei mostravam um retrato simples que a capacidade de amamentar dependeria da forma como a cirurgia havia sido feita (impossível de saber no meu caso, pois faz muitos anos e quase nem lembro do nome do médico), há quanto tempo ela havia ocorrido e, ainda por cima, da resposta do corpo de cada mulher.

Isso fez com que ocorresse um furacão na minha cabeça: como assim vou ter que esperar? E, assim, recebi a primeira aula de maternidade que intitulo como "Assuma que Perdeu o Controle de Tudo". A partir deste momento, assumi que não tinha controle sobre isso (hoje vejo que não tenho sobre nada, hahahaha), entendi que lidaria com a situação não importando qual ela fosse, larguei a ansiedade e esperei meu bebê chegar.

Com exatas 30 semanas de gestação o colostro (primeiro líquido que o bebê mama ao nascer) apareceu. Penso que isso aconteceu porque consegui abrir mão da ansiedade, pois acredito que os sentimentos influenciam muito na produção de leite materno. 
Faceira e feliz da vida eu poderia muito bem terminar a história aqui, dizendo que o amamentei exclusivamente no peito e que vivemos felizes para sempre... Mas, a vida real prega peças na gente, não é verdade?!

Quando o Gustavo nasceu foi direto, e com muita determinação, mamar no meu peito. Na manhã seguinte (ele nasceu às 18h50min) a amamentação realmente começou! Confesso: foi muito difícil! Mil vezes mais difícil que dar à luz é amamentar. Fazer a "pega", compreender se ele está mamando o suficiente, lidar com os machucados no seio e com os olhares de reprovação (passei por isso na maternidade com duas enfermeiras que achavam que eu e o Gustavo já deveríamos saber amamentar e mamar) e, consequentemente, lidar com a culpa que vem com o último ponto não foram em momento algum uma tarefa fácil. Mas, eu queria amamentar exclusivamente, "eu lutaria", disse pra mim mesma. E foi o que primeiramente aconteceu: saí da maternidade com meu bebê tranquilo, dorminhoco, amado e mamando exclusivamente em mim.

No segundo dia em casa meu leite "desceu" e até empedrou. Mesmo assim tive uma sensação estranha de que algo estava errado com meu filho. Depois de conversar com meu marido decidimos pesá-lo (não façam isso sem motivo). Percebemos que ele havia perdido muito mais peso do que deveria e que seus xixis estavam ficando escassos. Levamos ele no Hospital Infantil Joana de Gusmão aqui de Florianópolis onde um médico neonatologista diagnosticou nosso bebê com desidratação.

Imaginem uma mãe que chorou... agora multipliquem por 200: essa era eu! Muitos sentimentos surgiram na época e novamente o controle materno se esvaiu.

O médico recomendou o uso de complementação (leite em pó tipo NAN) na mamadeira após todas as refeições. Por que não indicou a relactação? Por que não recomendou qualquer outra forma de receber o alimento que não fosse a mamadeira, já que ela faria com que o bebê não quisesse mais mamar no peito? Não sei. Na época fiquei tão sem chão que nem cheguei a me perguntar. Provavelmente o médico sabia o que eu descobriria depois... que não produzo leite suficiente para o Gustavo. Meu leite não o satisfaz, e essa é a realidade.

O depois foi difícil. Por diversas vezes ele negou e não quis mais saber do meu peito. Mas, eu prometi pra mim e pra ele que lutaria, lembram? E assim o fiz. Continuei insistindo sempre, todos os dias. Hoje, com 4 meses, ele ainda mama no peito. Algumas vezes (menos do que eu gostaria) o leite materno o satisfaz momentaneamente e outras vezes ele até sente o cheiro, mas quer ir direto pra mamadeira. O mais legal de tudo é que de uma forma ou de outra criamos um vínculo. Ele sabe qual olhar e gestos tem que fazer para me indicar que quer o peito e quais outros deve fazer quando quer a mamadeira. Somos uma dupla fenomenal! :)

Quero deixar claro que a minha experiência não necessariamente vai se repetir. Toda mulher, salvo as que possuem alguma doença, podem e devem amamentar exclusivamente. Ter feito mamoplastia não é sinônimo de não poder amamentar! Abra mão do controle, relaxe, dê ouvidos as suas sensações e emoções. Curta a gravidez, ela é um momento único afinal, você nunca mais vai estar grávida deste bebê...

Beijos

segunda-feira, 31 de março de 2014

Nosso parto


O nosso amor nasceu, se chama Gustavo e este é o meu relato sobre o trabalho de parto.



Antes de começar, acesse estes links para ouvir a trilha sonora desse dia,

Nando Reis e Ana Canas - Pra você guardei
The XX - Intro

Bem, primeiro quero explicar minha escolha. Sempre quis um parto natural, cheguei a tomar a decisão de fazer o parto domiciliar. Infelizmente, por motivos financeiros (sairia muito caro em caso de complicações) e como aqui em Florianópolis, praticamente ao lado de casa, dispomos de uma clínica (http://www.ilhahospital.com.br/) que tem como carro chefe o parto humanizado e meu obstetra trabalha lá (ele é realmente a favor do parto natural (Fernando Pupin)) e o nosso plano cobre integralmente os custos, decidimos por isso.

Então vamos ao TP,
Tudo começou depois de um almoço, na tarde do dia 18 de dezembro, quando senti uma cólica seguida de corrimento. Em casa, reparei que o corrimento era sangue, sabia o que significava; o tampão saira, estava entrando em trabalho de parto.
Como sabia que poderia demorar muitas horas e talvez dias para que as contrações começassem pra valer, liguei para o marido, para a doula, para o médico e para os meus pais. Assim, todo mundo começaria a se preparar. 
Sem alarde e com muita calma, levei o nosso cachorrinho na veterinária, fui comprar alguns presentes de natal que ainda faltavam e quando cheguei em casa percebi que as cólicas fracas que estava sentindo estavam começando a intensificar e ritmar.
Ainda quando estavam espaçadas, de hora em hora, liguei pro maridão e falei pra ele vir pra casa, porque agora sim, era o trabalho de parto ativo chegando. Ele veio, jantamos, conversamos e tentei dormir, mas já não conseguia mais.
Na verdade a partir de umas 22:00, eu não me lembro de muitas coisas. Lembro de não conseguir ficar deitada quando as dores vinham, de pé elas eram mais leves e que as 2 da manhã meu marido ligou para a Lydi (doula) vir porque as contrações estavam de 10 em 10min.
Fomos ao plantão da maternidade onde fui atendida por um médico que fez o exame do toque de maneira grosseira e me mandou pra casa com 1cm de dilatação (ou seja, nada!)
Fui pra casa com as contrações praticamente cessadas (também, impossível não travar sendo tocada daquele jeito). 
Chegamos em casa eram quase 5 horas, comemos, conversamos e dormimos um pouco. As exatas 6:30hras acordei com a primeira contração de parto ativo que me lembro, e podem acreditam, elas vieram com tudo.
Pelo menos essa é a sensação que tenho, que foi ali que efetivamente o negócio começou pra valer afinal, o Gustavo estava realmente querendo vir ao mundo no dia 19 de dezembro.
Ficamos em casa o máximo que deu, até eu me sentir segura pra ir pra maternidade, não queria chegar lá e travar de novo. Segurei até as 10:30, quando fomos atendidos por uma médica maravilhosa e delicada que logo ligou pro meu obstetra e me mandou pra sala de parto com 4-5cm de dilatação e contrações a cada 5-3 min.
Depois de chegar a sala de parto me lembro de algumas coisas, não muitas, me lembro de como aquele chuveiro da sala de parto era maravilhoso, aliviava a dor, de como tentar entrar na banheira foi um sacrifício (não nasci pra parir deitada, nem sentir contrações sentada), de como respirar e sentir a dor como um onda que vem e vai me ajudou. De como meu marido foi incrível e participativo e como a minha doula foi maravilhosa (sem esses dois tudo teria sido muito mais difícil).
Tivemos duas intervenções, estouramos a bolsa manualmente e tomei uma pequena dose de anestesia para dormir um pouco. Meia hora depois, acordei no período expulsivo, fui para o banquinho de cócoras e em meia hora, já sem efeito de anestesia o Gustavo nasceu. 
Aconteceu as 18:50 do dia 19 de dezembro de 2013. Ele veio ao mundo com 52cm e 3,815kg, apgar 9/10 e sua história de vida neste mundo começa com três empurradas certeiras, a primeira o encaixou na saída, a segunda o coroou e a terceira o fez vir ao mundo inteirinho.
Quando ele estava encaixado e coroado lembro de sentir ele se mexer dentro de mim, uma sensação estranha e maravilhosa. Depois, quando o vi e olhei aquele cordão que nos ligava de uma forma tão linda e mágica e vi aqueles lindos olhos cinzas me olhando, senti um profundo amor. O mais perfeito sentimento que existe neste mundo.
Confesso, durante o trabalho de parto achei que não ia conseguir, achei que o Gustavo não passaria pelo colo do útero (ficava pensando, isso não funciona, ele não vai conseguir passar é do tamanho de uma cabeça de agulha). Meu marido, Dalton, minha doula, Lydiane e meu obstetra, Fernando me disseram que eu não me preocupasse, que nós conseguiríamos (Gustavo e eu). 
E a natureza me mostrou que não tem essa de não dilatar (pelo menos pra maioria das mulheres) e que não tem essa de não conseguir. É possível com determinação e comprometimento.

Por fim consegui, tive o parto que tanto desejei, o mais natural possível.

E hoje vejo meu filho lindo, forte, saudável e calmo. De alguma forma, dentro de mim há um sentimento de certeza que a forma como nasceu influenciou pra tudo isso.

Foi meu primeiro parto mas confesso que não será o último porque a experiência foi tão boa, me senti tão forte, tão protagonista, que quero fazer isso de novo.

Inúmeras pessoas me ajudaram e apoiaram na decisão do parto, obrigada a todos, beijos meus e do Gustavo.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Curso de Educação Perinatal



Bom dia pessoal!

Depois de explicar a importância da Doula, quero apresentar uma dica maravilhosa que recebi da minha: Curso de Educação Perinatal.





Foi aí que percebi que a preparação para o parto não se limitava a compra do enxoval. Interessei-me pelo curso e carreguei o marido junto (um pouco contra a vontade dele).

O curso de três encontros, ministrado pela minha doula e por mais uma educadora perinatal, teve a participação de outros dois casais. Foi excelente! A presença dos outros casais possibilitou a troca de experiências entre pessoas "comuns" e as educadores perinatais e facilitou muito a solução das inúmeras dúvidas, dos anseios e dos temores de pais e mães grávidos.

O primeiro encontro foi sobre o pré-parto, ou seja, a gestação em si. Saímos de lá com a cabeça completamente diferente. Meu marido mesmo ficou muito sensibilizado com o tema e, assim, passou a entender o que é gestar.

O segundo encontro foi, na minha opinião, o mais interessante/importante. Neste encontro falamos sobre parto, as formas de parir, a belíssima natureza do parto natural, a violência obstétrica, as complicações que podem ocorrer, os cuidados para lidar com este momento e por aí vai... Mas, a maior alegria foi entender e, a partir disso, passar a defender o respeito incondicional que deve existir para a vontade da gestante. Começar a compreender um pouco desse mundo tão cheio de tabus foi muito bom. Afinal, como digo pra todo mundo, se esse bebê entrou, ele vai ter que sair. Quem escolhe a hora é ele, quem escolhe a forma sou eu!

O terceiro e último encontro foi sobre o pós-parto: tema fundamental para nós que somos pais de primeira viagem. Dar banho de mentirinha em uma boneca é um bom jeito de ensaiar, certo? Hahahahaha

Estudar aumenta a nossa vontade de obter mais conhecimento. Incrível como buscamos mais informações e tentamos compreender o assunto por completo para que possamos ser protagonistas e não mais coadjuvantes neste processo. Foi esse fenômeno que aconteceu comigo e com meu marido. Saímos do curso quase que “militantes” do parto natural (sobre parto vamos conversar outro dia, porque esse papo tem bastante pano pra manga).

Por fim, esse curso nos fez aprender muitas coisas que não sabíamos, compreender melhor algumas coisas que já conhecíamos e principalmente ampliar os olhares a cerca do mundo do parto. Ampliar olhares, por sinal, é o que eu mais gosto. Por isso, segue aí pra vocês a dica de um blog excelente: o Vila Mamífera (http://vilamamifera.com/). O blog é escrito por "três mulheres-mães-mamíferas que se encontraram em uma lista de discussão sobre maternidade ativa, trocaram idéias e sonhos, e sabe como é, sonho que se sonha junto…" (retirado do blog Vila Mamífera - Sobre).

Antes de concluir, quero deixar alguns dados sobre este curso de Educação Perinatal. As aulas foram ministradas pela equipe da Escolha Materna (https://www.facebook.com/pages/Escolha-Materna/): Lydiane (minha doula) e Tamara. Por serem psicólogas, elas tem uma abordagem super interessante sobre os temas e ainda trazem diferentes profissionais – fisioterapeuta (exercícios e massagens) e enfermeira (aleitamento materno) – para discutirem outros assuntos de interesse. O curso aconteceu no centro de Florianópolis em encontros aos sábados (dias 27 de julho, 10 e 17 de agosto de 2013). A equipe da Escolha Materna abrirá novas turmas. Caso tenham interesse, basta entrar em contato pelo e-mail: escolhamaterna@gmail.com.

Muitos abraços pra todos!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Como escolher o médico obstetra?

Essa é uma das decisões mais importantes da gestação. Acredito que esse profissional será decisivo em praticamente todos os momentos: importantes e/ou chatos. As nossas escolhas ao longo da gestação serão diretamente afetadas pela linha de pensamento do profissionalPor isso que é TÃO importante escolher um médico que tenha uma linha de pensamento próxima a sua (ou do casal).

 

Por exemplo...

a) Exames de rotina: fiz uma comparação entre os exames que meu médico (super natureba) solicita e os exames que são solicitados por outro médico (não tão natureba assim) uma pessoa conhecida que está no mesmo tempo de gestação. A diferença é uma coisa louca! O médico dela pede ultrassons e exames de sangue todos os meses, ao contrário do meu (fico agradecida, porque odeio tirar sangue). Fiz apenas uma bateria de exames sanguíneos no início da gestação e farei outra no mês que vem (6º mês). Em relação aos ultrassons, ficofeliz por ter feito somente o necessário até agora (obviamente adoro ver meu filhinho, mas me pergunto até onde o ultrassom não é uma coisa estressante pra ele).

 

b) Vitaminas: qual a necessidade de tomar vitaminas se a pessoa se sente bem e se os exames estão ok? (meu médico não indicou nada).

 

c) Parto (na minha opinião, o ponto mais importante de todos): pesquise, se informe e questione. LEMBRE-SE QUE O PARTO SERÁ SEU E NÃO DO MÉDICO. Normalmente pra eles, o seu parto será só mais umdentre tantos outros. Descubra se ele pensa que sua vontade deve prevalecer, afinal, você é a protagonista desse momento único em sua vida.

 

Fiz uma lista dos pontos que eu considero que, logo de início, dão pistas para perceber se o obstetra é bom ou não:

 

1. Jogue logo de cara a sua vontade em relação ao parto (principalmente se for normal), e analise como ele lida com essa informação. Por exemplo, quando fui me consultar com um primeiro obstetra (não o atual) e falei da minha vontade de ter uma gestação que fosse o mais natural possível, incluindo o parto natural, ele me disse:"Vamos com calma, Franciele. Quero que você entenda que todas dizem isso, mas quando chega nas 40 semanas todas estão gritando pra tirar o bebê logo da barriga". Jura? Fiquei pasma! Vocês acham que ele iria mesmo deixar que eu tivesse um parto natural? Ia me induzir para uma cesárea com certeza! Já quando fui nomédico atual ele me respondeu: "Perfeito! Tenho certeza que tudo será assim. Só depende da sua vontade".Pronto! Adorei #1.

 

2. Acesso ao telefone e/ou e-mail do médico. Uma pessoa que vai me acompanhar por 9 meses (ou mais) tem como obrigação me passar um contato (seja telefone ou e-mailou indicar os locais que estará todos os dias da semana. A gestação é um momento de dúvidas e elas surgem a qualquer momento. Não que seja necessário,mas emergências podem existir...e se não puder contar com meu obstetra nesse momento, ele não vai servir pra nadaNo meu caso, nem precisei pedir. Já na primeira consulta, ele passou todos os dados: telefone, e-mail, local de trabalho, horário e locais de plantões, etc. Adorei #2. Por sinal, enviei várias vezes e-mail para ele.Sempre tenho dúvidas e ele prontamente me responde com muita educação e objetividade.

 

3. Questione os examessaiba o que você está fazendo e pra que serve. Se tem algo de concreto que aprendi na vida é que informação é poder!”. Seja poderosa, questione e se informe. Observe a reação: se este profissionaltem paciência pra te explicar ou se está te enrolando. Se o segundo ocorrer, saia correndo do consultório sem olhar pra trás. O meu médico é super paciente. Adorei #3.

 

4. Tempo de consulta. Analise se o tempo que o profissional fica com você no consultório é suficiente para tirar suas dúvidas. Lembre-se que não deve existir diferença se você usa o plano de saúde, se paga particular ou se utiliza o SUS. Ele deve ser o mais delicado possível em todos os momentos. Se ele não tem paciência ou delicadeza nas consultas, como será quando você estiver gritando de dor no parto ou como será a entrega do seu filho durante a cesárea? O meu obstetra já chegou a ficar conversando comigo 50 minutos, até que as dúvidas terminaram. Adorei #4.

 

Sei que este post pode parecer mais direcionado para as gestantes. Mas se você é “homem grávido por osmose”, também se considere incluído. É de suma importância que você perceba se a sua mulher está feliz ou não com o médico escolhido. Pode acreditar: isto também é de sua responsabilidade.

 

Por fim, quero reafirmar algo que já disse: VOCÊ, GRÁVIDA, É A PROTAGONISTA DESTA GESTAÇÃO! O mais importante de qualquer pré-natal é que a mulher saia feliz e confiante do consultório. Eessa felicidade e confiança estão diretamente ligadas ao médico que você escolheu.

 

Beijos e paz pra todos!


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ter uma Doula - Parte I - Primeiras dúvidas e minhas impressões

Olá pessoas interessadas!


Seguinte, hoje decidi falar um pouco sobre "ter uma Doula". Coloco como Parte I porque na quarta-feira dessa semana tive o segundo encontro (primeira consulta) com a Lydi que vai acompanhar a minha gestação e o parto do "Augusto" (o nome ainda não está definido, mas eu já o chamo assim).

Nas primeiras leituras que fiz sobre partos e gestações apareceram diversas referencias a essas mulheres, as chamadas Doulas. Como entendi que elas auxiliam as mulheres nesse momento tão especial que é o parto, decidi pesquisar mais à fundo o que seriam estas mulheres e se seu trabalho seria interessante pra mim.


Primeiro vamos esclarecer que Doula não necessariamente é uma Parteira (essa informação é importante porque eu mesma confundi isso por um tempo). As funções são diferentes e podem ser realizadas pela mesma pessoa ou não, ok?

Parteiras são mulheres que estudaram muito para fazer partos.
"A parteira é a pessoa que recebe no mundo o recém-nascido. Seu trabalho é auxiliar o trabalho de parto da mulher, e sua preocupação principal é com o bom andamento do Trabalho de Parto e as possíveis intercorrências que podem colocar em risco a saúde da mulher e do bebê." (texto retirado do blog Adele Doula)

Mas o que uma Doula faz então?

Bom, pra começar a palavra Doula vem do grego e significa "mulher que serve", o que já é uma pista né?!
Elas também estudam muito pra isso...

"O papel da doula é o de ter empatia com a mulher durante o trabalho de parto, e ajudá-la a ter uma experiência positiva, amenizando seu medo com palavras e sua dor, com carícias.   A doula também possui um leque de técnicas para ajudar no desenrolar do trabalho de parto, porém ela não faz nenhum procedimento médico. Assim como a parteira, ela pode se utilizar de posições, chás e alimentos, banhos de ervas e massagens, porém não pode efetuar manobras, toques ou suturas." (retirado também do blog Adele Doula)

e

"A Doula antes do parto ajuda a mulher e o seu companheiro a refletirem e escolherem suas opções para o parto, explicando os diferentes tipos, as vantagens e desvantagens de cada um, as intervenções que podem ser realizadas e prepara a mulher para quando chegar a hora do parto.

Pesquisas mostram que o parto em que uma Doula está presente tende a ser mais rápido e necessitar de menos intervenções médicas. Algumas vantagens em se ter uma Doula na hora do parto:
· Diminui o uso do fórceps em 40%
· Diminui a incidência de infecção
· Diminui insegurança da mãe, ocasionando um maior autocontrole e menos dor
· Reduz o risco da depressão pós-parto
· Sucesso na amamentação
· Maior auto estima da mamãe
· Maior satisfação com relação ao parto
· Alta mais rápida do bebê
· Poucas admissões nos berçários de cuidados especiais (UTI neonatal)
· Diminui as taxas de cesárea em 50%
· Diminui a duração do trabalho de parto em 20%
· Diminui o uso da Ocitocina (indução de parto) em 40%
· Diminui os pedidos de anestesia em 60%
· Diminui o tempo de internação, possibilitando uma maior rotatividade de leitos.
· Economia quanto ao uso de medicamentos (ocitocina, anestésicos, etc)."
(Texto retirado do Site Guia do Bebê)

Depois de ler materiais como esses, decidi procurar então uma Doula pra conversar e começar a tirar dúvidas sobre as minhas necessidades.
Inicialmente entrei em contato com duas, mas a química não foi a que eu esperava (queria alguém que me passasse confiança logo no primeiro momento).

Então minha terapeuta, a Carol, me falou sobre a Lydi uma psicóloga que também é Doula. Na hora comprei a proposta afinal, quem melhor pra entender e acompanhar uma mulher do que uma pessoa formada em psicologia? (Quem tem facebook pode ver a página Escolha Materna , é a página dela)
Quando me encontrei com ela pela primeira vez senti exatamente o que esperava, uma confiança enorme. Continuamos em contato sempre que necessário (o que aconteceu por várias vezes afinal, dúvida é o que eu mais tenho)

E agora, com a minha gravidez na 18ª semana tivemos o nosso primeiro encontro oficial, quase uma consulta. Meu marido foi também afinal, somos uma equipe!
Foi ótimo! Adorei! Quero sempre!

Além de falar sobre o que queremos/esperamos/fazemos/amamos/temos medo, vimos um vídeo de um parto domiciliar lindo.
Foi ótimo ver meu marido ao meu lado vendo e falando sobre isso, inerte nesse mundo da maternidade.

Aconselho todas a terem uma Doula, pelo menos se informe sobre isso, duvido que alguém se arrependerá...
 Pretendo escrever mais post's sobre o assunto, assim que tiver novidades.

Beijos em todos!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Caminho de volta

Olá!

No Facebook hoje tive a felicidade de ver uma amiga muito especial (minha doula, vou fazer um post só sobre ela) indicando a leitura de um texto que me chamou atenção. Falava sobre "Pegar o retorno do caminho da vida"

Resumindo um pouco, ele é o relato de uma mulher, mãe, que tomou o caminho da vida e seguiu adiante. Durante esta estrada algo aconteceu e ela tomou o "retorno", mudou de vida e agora tem outras coisas mais.
Vale a pena ler...

Agora Sim! - O Caminho de Volta

Acabei descobrindo este site, o "Agora Sim!", e me apaixonei! Isso sim é algo verdadeiramente motivacional... vale a pena ver...

Achei um post que representa bem o que ele expõe,

Agora Sim! - Porque o caminho mais fácil pode te levar a uma cilada

Neste momento vocês podem estar questionando, o que esse blog aí tem a ver com maternidade?
Na minha opinião Tudo! Pra mim faz muito sentido que a maternidade seja um caminho cheio de retornos, trevos e saídas. Ser pai e mãe é reanalisar as atitudes e a vida todos os dias, mudar o que for preciso e necessário e tentar acertar sempre (mesmo errando inúmeras vezes).

Beijos